31 de outubro de 2006

Um aveirense em Lisboa

A senhora do capacete
As montras mostravam abóboras, chapéus pontiagudos e vassouras de bruxas, embora fosse apenas dia 10 de Outubro. Eram cerca de 20:30 horas e chovia bastante. Eu procurava abrigar-me nos toldos de uma loja do chinês, procurando recompor o casaco e o guarda-chuva. Respirei fundo antes de me lançar de novo a caminho de casa, depois de uma aula de inglês no Areeiro. As pessoas apressavam-se a apanhar o metro e os taxistas olhavam de soslaio para quem corria. Caminhei lado a lado com uma senhora que tinha um capacete à mineiro até à paragem de autocarro. A luz que saía do capacete da senhora deu bastante jeito para iluminar o caminho. Do outro lado da rua reparei num mendigo a dormir num átrio de um prédio. Entretanto a senhora do capacete mudou de rumo enquanto eu prossegui o meu caminho. Por instantes pensei que aquele momento era fruto da minha imaginação, mas afinal era bem real. Caminhar lado a lado com uma mulher que tinha um capacete à mineiro só mesmo em Lisboa. Por mais que me esforce, não me lembro de ter visto uma coisa tão estranha assim em Aveiro ou noutro sitio qualquer. Lisboa proporciona momentos no mínimo, estranhos e cómicos. São coisas deste género que me fazem gostar de descobrir novos sítios.
Saudações Alfacinhas.

30 de outubro de 2006

Um aveirense em Lisboa

Prezados leitores deste blog, como achei que estava na altura de fazer algo diferente, tive a oportunidade de convidar um colega meu que foi trabalhar para Lisboa, para escrever umas crónicas no meu blog sobre como é estar longe de Aveiro e indicar aspectos que possam ser semelhantes e diferentes entre as duas cidades. Isto é apenas o relato de um jovem que está longe(embora não muito) de casa para singrar no mundo do trabalho. Espero que gostem e que possa contribuir, de certa forma, para melhorar a qualidade deste blog. Portanto, aqui vai a primeira aventura de "um aveirense em Lisboa":

Lis"boa" ou Lis"má"!?

Este é o meu primeiro Post neste Blog que é ainda um recém nascido. A convite do meu camarada João aceitei escrever semanalmente (ou menos que isso!!!) um artigo sobre a minha passagem por Lisboa. Há quem escreva sobre as suas magnificas aventuras à volta do Globo, mas eu resolvi escrever sobre a minha "aventura" em Lisboa, cidade que me adoptou à cerca de 6 meses.
Sempre disse que a unica coisa que gosto em Lisboa é o Caminho de volta para Aveiro. Mas a verdade é que no ultimo fim-de-semana vim de boleia para Lisboa (com os meus pais) e fiquei contente quando comecei a atravessar a ponte Vasco da Gama e ao longe avistei a ponte 25 de Abril e o Cristo Rei. Nesse dia reconheci que no fundo (mas bem lá no fundo) até gosto da capital... Mas mesmo assim não há cidade que ultrapasse Aveiro, quer pela sua simplicidade quer pela sua elegância. Aveiro esteticamente é perfeita contrastando com a descuidada Lisboa, mas há um ditado que diz que "As aparências iludem". Apesar do ruído, do CAOS, do Stress, dos acidentes no IC19 e 2ª circular, das filas intermináveis, das buzinadelas, da pouca segurança e das criaturas mais esquisitas que por aqui vivem, foi aqui em LISBOA que entrei para o mercado de trabalho. É sem duvida o mais importante factor para quem tem projectos de vida. Como diz um colega meu: Sem dinheiro não se pode sonhar. Por isso, para quem acabou o curso, é melhor estar preparado para sair do ninho(pelo menos por algum tempo). Por aqui me fico, mas prometo a partir de agora, escrever algumas experiências que por aqui vou tendo, fazendo sempre referência a Aveiro.
Saudações Alfacinhas

Cidadãos do mundo

O cariz internacionalista do povo português é inegável.
Senão vejamos:
- Quando um português tem um grande problema pela frente costuma dizer que...se vê grego;
- Se uma coisa é extremamente difícil de compreender,ele afirma que... isso é chinês;
- Quem trabalha de manhã à noite...é um mouro de trabalho;
- Uma invenção moderna e mais ou menos inútil...é uma americanice;
- Quem mexe em alguma coisa que não queira que mexa...é como o espanhol;
- Quem vive com luxo e ostentação...vive à grande e à francesa;
- Se se faz algo para causar boa impressão aos outros...é só para inglês ver;
- Se tentas "regatear" o preço de alguma coisa...és pior que os marroquinos;

Mas quando alguém faz merda ou alguma coisa corre mal...é à PORTUGUESA!!!!

Nova nomenclatura para C.V.(curriculum vitae)

Você acha que não arranja emprego porque o seu currículo é muito fraquinho?

É muito simples, basta fazer um "upgrade" no nome de sua profissão! Eis algumas dicas para você dar um "plus" no seu currículo, quando se referir aos seus empregos anteriores:

- Especialista de Fluxos de distribuição ( paquete ).

- Supervisora Geral de Bem-Estar, Higiene e Saúde ( mulher da limpeza ).

- Coordenador de Fluxos de Entrada e Saída (porteiro).

- Coordenador de Movimentação e Vigilância Noturna ( segurança ).

- Distribuidor de Recursos Humanos (motorista de autocarro).

- Especialista em Logística de Combustíveis ( empregado da bomba de gasolina ).

- Assessor de Engenharia Civil ( trolha ).

- Consultor Especialista em Logística de Alimentos ( empregado de mesa ).

- Técnico de Limpeza e Saneamento de Vias Publicas ( varredor).

- Técnica Conselheira de Assuntos Gerais ( cartomante ).

- Técnica Especialista em Terapia Masculina ( cabra).

- Técnica Especialista em Terapia Masculina Senior ( cabra de luxo).

- Especialista em Logística de Produtos Químicos e Farmacêuticos (passador de droga).

- Técnico de Marketing Direcionado ( vigarista).

- Coordenador de Fluxo de Artigos ( receptor de artigos roubados ).

- Técnico Superior de Distribuição de Artigos Pessoais (carteirista).

- Técnico de Redistribuição de Rendimentos (ladrão).

- Técnico Superior Especialista de Assuntos Específicos Não Especializados (político).

Nota: Com os políticos esta técnica nunca falha. Conhecem algum que esteja desempregado ?

Existe outra Lisboa?

27 de outubro de 2006

SÓ EU SEI POR QUE...

...SOU DE AVEIRO, SOU DO BEIRA-MAR!
foto:www.beiramar.pt

24 de outubro de 2006

Mais valia estarem calados!

"Pessoas bem informadas sabem que é impossível transmitir a voz através de fios, e mesmo que fosse possível fazê-lo, não teria qualquer valor prático."--- Editorial do "The Boston Post", 1865

"Penso que posso dizer sem contradições que quando a Exibição de Paris terminar, terminará também a luz eléctrica, e nada mais se ouvirá sobre isso"--- Erasmus Wilson, Professor da Universidade de Oxford, 1878

"Nunca haverá um grande mercado para os automóveis - cerca de 1,000 na Europa - porque há um limite no número de motoristas disponíveis!"--- Porta-voz da Daimler Benz

"A família Americana média não tem tempo para a televisão"--- The New York Times, 1939

"Eu penso que talvez haja mercado mundial para cinco computadores"--- Thomas Watson, Presidente da IBM, 1949

"O Homem nunca chegará à lua apesar dos progressos da ciência no futuro."--- Dr. Lee De Forest (inventor do tubo de vácuo), 1957

"O potencial de mercado a nível mundial para as fotocopiadoras é no máximo de 5000."--- IBM para os fundadores da Xerox, 1959

O que pode fazer com a sua bicicleta ou ciclomotor!

Fazer serviço de transporte de animais!(Já agora, qual é o animal e qual é o homem? Nunca os distingo. Caramba!)

Levar os filhos à escola(todos,não apenas um!). Não se esqueça da cadeirinha de protecção para os seus filhos se forem menores de 12 anos!


Aviso!! Circular sempre pela via da direita para não originar choques como o demonstrado na fotografia. Os automobilistas agradecem (só gostava de saber onde o puto comprou a "bike" dele. Gostava de ter uma!)

Passear com os seus filhos!

Fazer as "compras do mês" para o seu gado doméstico!

Encher a despensa de "tintol", pois nunca se sabe o dia de amanhã!

O que pode fazer com a sua bicicleta ou ciclomotor(2)!

Comprar gasolina ou gasóleo para um ano antes que fiquem mais caros!


Transportar a sua nova mobilia de cozinha!



Fazer uma mudança de capoeira às suas aves domésticas!




Levar o carro à revisão!





Levar o frigorifico novo para casa!
E tudo mais o que consiga imaginar. Compre uma bicicleta, o veículo mais completo de sempre.

23 de outubro de 2006

Boicote!

Pelos vistos, o atentado que ocorreu no DEBAIXO DOS ARCOS, do nosso consócio Miguel Araújo, atingiu também o meu blog. Como tal, e vendo o problema hoje de manhã, meti mãos à obra para reconstruir , novamente, esta casa com as minhas mãos. Como podem ver, fiz algumas ligeiras alterações que espero que gostem. Um relógio para saberem as horas(como se não tivessem nenhum); umas frases engraçadas para as diferentes alturas do dia(isto é capaz de ser inovador); um calendário para saberem em que dia estamos (isto é para mim, pois como trabalho num turno da noite, frequentemente ando baralhado com os dias da semana); um novo contador de visitas (já agora, está com 1090 visitas pois lembro-me que o outro estava nesta casa das dezenas até se dar o atentado mas como não tinha a certeza de quantos eram ao certo, arredondei para 1090); Umas campanhas informativas (nunca é demais fazerem-se estas campanhas) e se forem ao fundo da página, podem ver quantos dias faltam para 2007(ou quantos dias faltam para que acabe o ano de 2006, é como quiserem).
Fiz o meu melhor para pôr este blog outra vez nos eixos, mas desculpem se alguma coisa falhar. É que fui trabalhar à noite e ainda não fui dormir, encontrando-me, portanto, na altura em que escrevo isto, com bastante sono e bastante cansado. Nas vocês merecem.
Por aqui me fico. Saudações para todos.

20 de outubro de 2006

LINKS

Como já devem ter reparado, pus novos links no meu blog. Os links que eu acrescentei(retirando os que lá estavam) dão acesso aos blogs e sites que eu mais visito. Como tal, os links que foram acrescentados são de blogs e sites que eu visito regularmente, estando os mesmos por ordem alfabética o que é, penso, mais justo. Por aqui me fico. Saudações para todos.

17 de outubro de 2006

OS BENEFÍCIOS DA ÁGUA OXIGENADA

A água oxigenada foi desenvolvida na década de 1920 por cientistas para conter problemas de infecções e gangrena em soldados em frente de batalha. A pesquisa buscava um produto barato, fácil de transportar e usar, que pudesse ser conservado de forma fácil e à temperatura ambiente, sem problemas colaterais.

Durante a segunda guerra mundial, a redução no número de baixas e amputações foi tremenda, graças ao uso da água oxigenada. Numa solução a 3%, é um dos mais potentes desinfectantes que existem. Isso é pouco divulgado e pode-se entender porquê.

Um produto barato e simples de usar, concorre com outros desenvolvidos por laboratórios farmacêuticos e indústrias de desinfetantes domésticos e hospitalares. Portanto, não há interesse comercial no seu uso em larga escala.

O que se pode fazer com água oxigenada:
1: Uma colher de sobremesa do produto usada para bochechos e mantido na boca por alguns minutos, mata todos os germes bucais, branqueando os dentes! Cuspir após o bochecho.
2: Manter escovas de dentes numa solução de água oxigenada conserva as escovas livres de germes que causam gengivite e outros problemas bucais.
3: Um pouco de água oxigenada num pano desinfecta superfícies melhor do que qualquer outro produto. Excelente para usar em cozinhas e casas de banho.
4: Tábuas de carne e outros utensílios são totalmente desinfectados após uso, com um pouco de água oxigenada. O produto mata qualquer bactéria ou germe, inclusive salmonela.
5: Passada nos pés, à noite, evita problemas de frieiras e outros fungos que causam os principais problemas nos pés, inclusive mau cheiro (chulé).
6: Passada em ferimentos (várias vezes ao dia) evita infecções e ajuda na cicatrização. Até casos de gangrena regrediram com o seu uso.
7: Numa mistura meio-a-meio com água pura, pode ser pingada no nariz em gripes e sinusites. Esperar alguns instantes e assoar o nariz. Isso mata germes e outros microorganismos nocivos.
8: Um pouco de água oxigenada na água do banho ajuda a manter a pele saudável, podendo ser usada em casos de micoses e fungos.
9: Roupas que precisem desinfecção (lençóis, fraldas, etc), ou aquelas em contato com secreções corporais e sangue, podem ser totalmente desinfetadas se ficarem de molho numa solução contendo água oxigenada antes da lavagem normal.
10: Certamente vocês encontrarão outras formas de usar a água oxigenada em vossa casa.

10 de outubro de 2006

Curiosidades dos anos 1600 a 1700 !

VERDADE OU NÃO, MAS É INTERESSANTE ESTA TEORIA

Quando se visita o Palácio de Versailles, em Paris, observa-se que o sumptuoso palácio não tem casas de banho. Na Idade Média, não existiam dentífricos ou escovas de dentes, perfumes, desodorizantes, muitos menos papel higiénico. As excrecências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio. Em dia de festa, a cozinha do palácio conseguia preparar banquete para 1500 pessoas, sem a mínima higiene. Vemos, nos filmes de hoje, as pessoas a ser abanadas. A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam por debaixo das saias (que propositalmente eram feitas para conter o odor das partes íntimas, já que não havia higiene). Também não havia o costume de se tomar banho devido ao frio e a quase inexistência de água canalizada. O mau cheiro era dissipado pelo abanador. Só os nobres tinham empregados para os abanar, para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca exalavam, além de também espantar os insectos.Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de Junho (para eles o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em Maio; assim, em Junho, o cheiro das pessoas ainda era tolerável. Entretanto, como alguns odores já começavam a incomodar as noivas carregavam buquets de flores, junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro. Daí termos Maio como o "mês das noivas" e a origem do "bouquet de noiva" explicada.Os banhos eram tomados numa única banheira enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bébés eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água da banheira já estava tão suja que era possível "perder" um bébé lá dentro. É por isso que existe a expressão inglesa "don't throw the baby out with the bath water",ou seja, literalmente, "nao despeje o bébé juntamente com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressadinhos. O telhado das casas não tinha fôrro e as vigas de madeira que os sustentavam era o melhor lugar para os animais - cães, gatos, ratos e besouros se aquecerem. Quando chovia, as goteiras forçavam os animais a saltarem para o chão. Assim, a expressão "está chovendo a potes" tem seu equivalente em inglês "it's raining cats and dogs" (chovem gatos e cães). Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse envenenada (lembremo-nos de que os hábitos higiénicos da época eram péssimos). Os tomates, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, venenosos. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou whisky. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia, induzida pela mistura da bebida alcoólica com óxido de estanho). Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estivesse morto e, assim, recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era, então, colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu o velório, que é a vigília junto ao caixão. Em Inglaterra, alguns anos após um cadáver ser enterrado, os caixões eram abertos, os ossos retirados e postos em ossários e o túmulo utilizado para outro cadáver. Às vezes, ao abrirem os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Surgiu, assim, a idéia de, ao se fechar o caixão, amarrar uma tira no pulso do defunto, passá-la por um buraco feito no caixão e amarrá-la a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo, durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do seu braço faria o sino tocar. E ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo sino", expressão usada por nós até aos dias de hoje.