30 de setembro de 2010

Estádio de Aveiro sem electricidade

A EDP cortou esta quinta-feira o abastecimento de electricidade ao Estádio Municipal de Aveiro por falta de pagamento. O presidente do Beira-Mar, Mário Costa, adiantou que o espaço está sem luz desde as 17:00 horas.

Em declarações à Lusa, Mário Costa afirmou que esta situação "está a prejudicar o clube e de que maneira", adiantando que os jogadores da formação de futebol aveirense não puderam tomar banho no final do treino, porque não havia luz.


O presidente do clube 'aurinegro' queixa-se ainda de que a falta de electricidade já afectou a venda de bilhetes para o jogo entre o Beira-Mar e o Sporting, da sétima jornada da Liga portuguesa de futebol, da próxima segunda-feira. "Estavam aqui cerca de 100 pessoas para comprar bilhetes e a máquina não funciona", referiu o mesmo responsável, que espera que o problema fique resolvido "o mais depressa possível".

Mário Costa já contactou com responsáveis da EMA, a empresa municipal que gere o estádio, tendo-lhe sido dito que "estariam a tratar do assunto". A Lusa tentou falar com Pedro Ferreira, presidente do conselho de administração da EMA, mas tal não foi possível até ao momento.

Eu nem sequer quero comentar isto, de tão vergonhoso que é!

29 de setembro de 2010

Soneto quase inédito..

Surge Janeiro frio e pardacento,

Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.


Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.


E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.



JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969.

Tão actual em 1969, como hoje...

E depois ainda dizem que a tradição já não é o que era!!!

28 de setembro de 2010

Mulher engravidou vendo filme pornô 3D...

Um casal branco americano teve um bebê negro e a mulher diz que engravidou assistindo a um filme pornô 3D. O pai da criança, o soldado Erick Jhonson, estava há um ano servindo numa base militar no Iraque e, quando voltou para casa encontrou um bebê negro. Sua mulher, Jennifer Stweart, de 38 anos, disse a ele que a criança foi concebida enquanto ela assistia a um filme pornô em três dimensões.



"Não vejo porque desconfiar dela. Os filmes em 3 D são muito reais. Com a tecnologia de hoje tudo é possível", disse Erick, que registrou a criança.


Jennifer afirmou que foi a um cinema pornô com as amigas em Nova York. Ela conta que não costuma assistir a filmes pornôs e que só foi dessa vez para ver como ficavam os efeitos em 3D. A criança, segundo ela, se parece com o ator negro do filme. "Um mês depois de ver o filme eu comecei a sentir enjôos e o resultado está aí. Vou processar o cinema e os produtores. Ainda bem que meu marido acreditou em mim. Meu casamento podia estar em risco. Mas ele sabe que eu sou fiel", disse.


Sem comentários!!!!!!!!!!!!!

Frase do ano!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Dizem os Americanos:



“We have Barack Obama, Stevie Wonder, Bob Hope, and Johnny Cash.”



Respondem os portugueses:


“We have José Sócrates, No Wonder, No Hope, and No Cash.”

26 de setembro de 2010

Jose Meirim-Justiça, futebol e o papel da pinça

1. No passado dia 22, o Ministério da Justiça, através do seu gabinete de imprensa, veio esclarecer (junto de todos os interessados) que nem o chefe de gabinete do ministro da Justiça, nem qualquer dos membros do seu gabinete tiveram qualquer intervenção na inclusão ou exclusão de elementos na Comissão para a Justiça Desportiva. Estranho esclarecimento este. Se bem o lemos, parece que ninguém, nem o Ministério da Justiça, isenta de responsabilidades, na matéria em causa, o próprio ministro. Por outro lado, como a constituição da Comissão foi obra conjunta de Laurentino Dias e João Correia (secretário de Estado da Justiça), há como que um descartar de responsabilidades por parte do ministro da Justiça. Mas, pergunta-se com toda a legitimidade, qual a razão para este (inesperado) esclarecimento?


2. Como é do conhecimento público, foi recentemente constituída uma comissão governamental para, abreviando, "promover uma adequada conexão entre a justiça e o desporto, formulando propostas de diplomas legais no sentido de se alcançar uma justiça desportiva especializada, uniformizada e simultaneamente mais célere e segura". Tudo bem, por ora. Para o caixote da história foi, do mesmo passo, todo um trabalho e proposta do Comité Olímpico de Portugal, alvo de veto político há muito tempo. O presidente desta instituição nem comentou a constituição desta comissão. Diga-se - somos assim - que uma das coisas que nos dão mais prazer são as traições entre pares.

3. Quem nomear, então, para esses trabalhos herculeanos? Tarefa árdua e, por isso, exigia-se a participação conjunta de dois membros do Governo. Primeira pergunta a que tiveram de dar resposta: existe no nosso modesto universo jurídico-desportivo alguém que leccione em escola superior pública de Direito, há já seis anos consecutivos, uma disciplina de Direito do Desporto, inédita neste infeliz país? Sim, existe. Segunda questão: essa pessoa é reconhecida pelos pares académicos, desde logo de outras escolas de Direito? Sim, manifestamente. Terceira questão: tem trabalhos científicos publicados, referidos, lidos e estudados e alguém o conhece no estrangeiro? É bem verdade. Quarta questão: essa mesma pessoa é crítica áspera do Governo? Sem dúvida. Então é óbvia a resposta: se não sabemos, por ora, quem nomear, sabemos contudo, desde já, quem não nomear: essa pessoa. Ou não fossem os elementos da comissão, nas palavras do secretário de Estado da Justiça, "escolhidos à pinça".

4. Todos os problemas resolvidos? Claro que não. Fossem as inclusões e exclusões somente questões de ordem política e tudo seria mais facilitado. O problema é o Benfica-FC Porto. Adiantaram as notícias que Laurentino Dias vetou Ricardo Costa, ex-presidente da Comissão Disciplinar da LPFP. Outros registos deram conta de não ter vingado a inclusão de Guilherme Aguiar. A composição da Comissão, adiantou "fonte de Laurentino Dias", resultou de um consenso entre os dois membros do Governo. E, agora, aquele esclarecimento "assassino" do Ministério da Justiça.

5. Para o presidente da Comissão e a maioria dos seus membros (para todos honestamente não posso), seguem os meus votos de um bom trabalho.

6. Todos, 0-Carlos Queiroz, 2.

Protesto nacional no dia 8 contra portagens nas SCUT

As comissões de utentes contra as portagens nas SCUT (auto-estradas sem custos para o utilizador) decidiram agendar para 8 de Outubro uma jornada nacional de protesto contra a introdução de pagamento.


"Os utentes têm mais uma vez uma palavra a dizer no desfecho da questão", afirmou à Agência Lusa o porta-voz das comissões de utentes das SCUT do norte, José Rui Ferreira, no final da primeira reunião nacional entre as comissões da A28, A29, A41/42, A23, A24 e A25, realizada este sábado em Matosinhos.

O protesto nacional de 8 de Outubro irá "assumir diversas formas e horários" consoante as determinações de cada comissão, prevendo José Rui Ferreira a existência de "buzinões e marchas lentas".

As comissões "manifestaram total oposição à introdução de portagens nas SCUT" e defenderam que "não é estendendo (o pagamento) a todas que se resolve o problema", frisou o porta-voz, lembrando as "razões contra" aquela taxa, "como a não existência de alternativa" e o desenvolvimento socioeconómico de cada região.

Para José Rui Ferreira, a tentativa de atribuir às SCUT a justificação da crise "é propaganda enganosa" já que, e "segundo um estudo de Marvão Pereira e Jaime Andrés", as SCUT "são financeiramente auto-sustentáveis".

"Não são as SCUT que têm responsabilidade na crise económica", defendeu.

Durante a reunião desta tarde foi ainda "valorizado o papel que as comissões de utentes têm tido no sentido de adiar sucessivamente a introdução de portagens".

O porta-voz lembrou mesmo que a decisão do Governo em introduzir as portagens a 15 de Outubro nas SCUT do Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata ainda "não é um facto consumado".

Valdemar Madureira, da comissão de utentes de Matosinhos, defendeu mesmo que "mais do que nunca se justifica lutar".

"A decisão do governo, alicerçada numa resolução datada de 9 de Setembro e que foi publicada esta semana, baseia-se em argumentos falsos, que não correspondem à realidade e que não respeitam os próprios critérios do governo", justificou.

O Governo decidiu dia 9 que a cobrança de portagens nas auto-estradas SCUT nortenhas (Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata) se fará a partir de 15 de Outubro e nas restantes até 15 de Abril.

25 de setembro de 2010

MOMENTOS

Lindo!!!!

Curta metragem portuguesa - Gravado na Rua da Boavista, Porto
Para:



VALE A PENA VER!!!


É QUALQUER COISA DE BONITO...

TEM SOM !

Nuno Rocha está de parabéns com esta curta metragem de grande qualidade.
Numa noite normal com o passado largado da memória, um homem
reencontra, no lugar a que chama casa, lembranças de um tempo que
viveu.
Fragmentos de pura felicidade e instantes de sublime partilha, surgem
como apontamentos de esperança de um presente que não voltará a ser o
mesmo.


Reflexões pelo Professor Medina Carreira

O Professor Medina Carreira, um dos mais capacitados economistas portugueses, sempre que fala, deixa o País a reflectir, estupefacto. Aqui deixamos a síntese de uma das últimas entrevistas que concedeu e, a não perder.


”Vocês, comunicação social o que dão é esta conversa de «inflação menos 1 ponto», o «crescimento 0,1 em vez de 0,6»….Se as pessoas soubessem o que é 0,1 de crescimento, que é um café por português de 3 em 3 dias… Portanto andamos a discutir um café de 3 em 3 dias…mas é sem açúcar…”

“Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser «popularucho» porque não dependo do aparelho político!”

“Ainda há dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6×3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9… Isto é ensino…é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!”

“Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1% em 2…esta economia não resiste num país europeu.”

“Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse.”

“Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis? P’ra gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim? A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela? Quer dizer, isto está tudo louco!”

“Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo for…”

“Nós tivemos nos últimos 10-12 anos 4 Primeiros-Ministros:

-Um desapareceu;

-O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora;

-O outro foi mandado embora pelo Presidente da República;

-E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim e fazer alguma coisa…”

“O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou. Foi “exilado” para Londres. O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris. O Alegre depois não sei para onde ele irá… Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um “exílio dourado”, ou então é entupido e cercado.”

“Mas você acredita nesse «considerado bem»? Então, o meu amigo encomenda aí uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400? Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um saque dos dinheiros públicos? E não vejo intervenção da polícia… Há-de acreditar que há muita gente que fica com a grande parte da diferença!”

“De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na estratégia, e vamos ter, eventualmente, o nome de Lisboa no tratado. É, mas não passa disso. É só para entreter a gente…”

“Isto é um circo. É uma palhaçada. Nas eleições, uns não sabem o que estão a prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos: -Prometem aquilo que sabem que não podem.”

“A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva…. O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?”

“Os exames são uma vergonha. Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada! “

“A minha opinião desde há muito tempo é TGV- Não! Para um país com este tamanho é uma tontice. O aeroporto depende. Eu acho que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do petróleo.”

“Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não? Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos encalacrados no estrangeiro? Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe… Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada. Quem tem interesse que se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria… Esses é que têm interesse, não é o Português!”

“Nós em Portugal sabemos é resolver o problema dos outros: A guerra do Iraque, do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos resolver os nossos. As nossas grandes personalidades em Portugal falam de tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe. Somos um país de papagaios… Receber os prisioneiros de Guantanamo? «Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara…» Saibamos olhar para os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros… Isso é um sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os outros. Olhemos para nós!”

“A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos. Quando passar lá fora, a crise passará cá. Mas quando essa crise passar cá, nós ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise. Portanto é importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita crise. Não é!”

“Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões! Portanto, quando acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões! Quem é que vai pagar?”

“Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade. Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir…”

“Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na Assembleia…Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação… Poupe-me a esse espectáculo….”

“Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum. Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada”» Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo… Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas. Isso é descentralizar a «bandalheira».”

“Há dias circulava na Internet uma notícia sobre um atleta olímpico que andou numa “nova oportunidade” uns meses, fez o 12ºano e agora vai seguir Medicina… Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas oportunidades» e agora entra em Medicina… Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação… Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice…”

“É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a levar. Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe.”

“Até há cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais pobres, mas aqui quentinhos, pacíficos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos outros… Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho… Hoje, acrescento-lhe só o «muito». Digo-lhe que a gente vai empobrecer, provavelmente com muito barulho… Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e agora acho que vai haver «muito barulho». Os portugueses que interpretem o que quiserem…”

“Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de Portugal. Por conseguinte quando os Governos dizem que estão a fazer coisas e que a economia está a responder, é mentira! Portanto, nós na conjuntura de médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e portanto, não acreditem… No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a angústia da economia portuguesa.”

“Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sítio. Esta inter-penetração do político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos políticos que vão buscar as empresas… Isto não é um problema de regras, é um problema das pessoas em si… Porque é que se vai buscar políticos para as empresas? É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política… Um político é um político. E um empresário é um empresário. E não deve haver confusões entre uma coisa e outra. Cada um no seu sítio. Esta coisa de ser político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá, volta-se para ministro…é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à sociedade.”

“Este país não vai de habilidades nem de espectáculos. Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros! Eles não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm que perceber quais os grandes problemas do país!”

“Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem «este tipo é chato, é pessimista»…. Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito… Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir.

O Português está farto de ser enganado!

Todos os dias tem a sensação que é enganado!”

23 de setembro de 2010

Ele sabia...

O irregular e promíscuo funcionamento dos poderes públicos é a causa primeira de todas as outras desordens que assolam o país.

Independentemente do valor dos homens e suas intenções, os partidos supõem ser os representantes da democracia.

Exercendo de facto a soberania nacional, ao mesmo tempo conspiram e criam entre si estranhas alianças de que só beneficiam os seus militantes activos.

A presidência da república não tem força nem estabilidade.

O parlamento oferece constantemente o espectáculo do desacordo, do tumulto, da incapacidade legislativa ou do obstrucionismo, escandalizando o país com seu procedimento e a inferior qualidade do seu trabalho.

Aos ministérios falta coesão, autoridade e uma linha de rumo, não podendo assim governar mesmo que alguns, mais patriotas e honestos, o queiram fazer.

A administração pública incluindo autarquias em vez de representarem unidade e a vontade popular é um símbolo de falta de colaboração geral, da irregularidade, da desorganização e do despesismo que gera até nos melhores espíritos, o cepticismo, a indiferença, o pessimismo.

Ligada a esta desordem instalada, a desordem financeira e económica agrava a desordem politica num ciclo vicioso de males nacionais.

As duas situações juntas conduziram á corrupção generalizada que se instalou e á ingovernabilidade da nação.

 
Escrito por alguém em 2010?!!!!! >



Não... SALAZAR, em 1936.

Ele sabia...


( Por este andar não me admira que comecem a suspirar por ele!!!!!!!!!!!!!!)

Cada um que tire as suas próprias conclusões...

A evolução (ou não) dos tempos...

Antigamente para ficares rico roubavas um banco, agora os bancos roubam-te a ti.



Anigamente para ficares rico assaltavas um comboio para roubar o ouro que transportava, agora tens que vender o teu ouro para construírem comboios (TGV).


Antigamente quando casavas com uma mulher tinhas um dote, agora casas, pagas o casamento e ficas depenado no divórcio porque ela te leva tudo o que tens.


Antigamente dar uma chapada num filho era educá-lo; hoje em dia só que sejas acusado de tocar com um dedo num filho, mesmo que seja mentira, passas a ser um criminoso da pior espécie e crucificado pela 'lei' (lol) vigente.


Antigamente um homem até podia matar a própria esposa e era um herói, bastava para isso evocar a defesa da honra; hoje o homem é encornado pela mulher, roubado pela mulher, injuriado pela mulher, agredido pela mulher, vítima de falsas acusações pela mulher, etc... E ainda tem que pagar indemnização e pensão à mulher!


Antigamente tinhas a tua mãe em casa a cuidar de ti e só o teu pai trabalhava, e tinhas um tecto, roupa e comida na mesa; agora ambos os pais trabalham e muitos em dois empregos cada um, não são casados porque não têm dinheiro para o casamento e andam sempre a tentar arranjar milagres para tentarem pagar as contas; e o tecto não é deles, é do banco ou de familiares.


Antigamente os reinos invadiam continentes para irem arranjar escravos, hoje somos todos escravos dos Governos e dos bancos.


Antigamente os nossos antepassados davam a vida para que fossemos um país, hoje os nossos governantes oferecem o país a todos e a mais alguns (União Europeia, Fundo Monetário Internacional, América e derivados, etc).


Antigamente não podias contestar os governantes senão ias preso e ías para uma lista de comunistas, mas o país tinha imenso ouro; hoje podes contestar à vontade, mas ninguém te liga nenhuma pois todos se queixam e quem manda nem quem saber de ti, e o país está miserável.

Antigamente as famílias tinham muitos filhos e todos tinham emprego quando atingiam a maturidade, fosse cá ou lá fora; hoje as famílias têm um ou nenhum filho e ele está desempregado (ou estará muito em breve).

Antigamente tínhamos governantes com a 4ª classe e pelo menos o dinheiro do país era bem gerido; hoje temos uma data de doutores e engenheiros (uns quase) a gerir tudo e dinheiro nem vê-lo.


Antigamente se eras ladrão eras preso, hoje se és ladrão és político.

Antigamente a justiça era cega, hoje em dia a justiça foi de férias e não se sabe quando volta.


E muito mais podia dizer...


Mas como nem tudo é mau... Antigamente sonhavas em ter filhos, família e ver todos felizes e bem de vida; hoje já nem tens tempo nem vontade de sonhar, por isso já não apanhas desilusões!

Por P. Emanuel Martins

A base da economia actual

21 de setembro de 2010

O Barra da Costa é que tem razão...

"Portugal é hoje um paraíso criminal onde alguns inocentes imbecis se levantam para ir trabalhar, recebendo por isso dinheiro que depois lhes é roubado pelos criminosos e ajuda a pagar ordenados aos iluminados que bolsam certas leis".

20 de setembro de 2010

Doutores? Onde?

O meu pai está sempre a dizer uma coisa: "Este é o pais dos doutores".


Agora que eu reparei...

ex: mas porque raio é que todos os meus ex-professores do ensino secundário são tratados por auxiliares de educação/encarregados de educação etc. por doutores se não têm um doutoramento na área? (sim que se fossem doutorados não estavam ali).

Outro exemplo: quem já viu a grande entrevista na RTP1 sabe que normalmente os convidados tratam a Judite Sousa por dra. Judite! Será por não quererem problemas com a "Judite?"

E temos mais casos de pseudo-doutores que se fazem passar por aquilo que não são, passeando-se no alto da sua vaidade e arrogância para com aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades...

"O título de Doutor é atribuído ao indivíduo que tenha recebido o último e mais alto grau académico, o qual é conferido por uma universidade ou outro estabelecimento de ensino superior autorizado, após a conclusão de um curso de Doutorado ou Doutoramento." wikipédia

... alguma coisa me está a escapar?

O Bilhete de identidade desmistificado

Este texto foi escrito por Jorge Buescu e vem reproduzido no seu primeiro livro "O Mistério do Bilhete de Identidade e Outras Histórias". Vamos ver se alguém imaginava isto!


Com grande probabilidade o leitor terá já assistido, no meio de um jantar com amigos, à seguinte discussão. A certa altura alguém se pronuncia sobre o algarismo suplementar que os Bilhetes de Identidade passaram a ter de há uns anos para cá mais ou menos nos seguintes termos: "O algarismo suplementar que se segue ao número do BI indica o número de pessoas em Portugal que têm um nome exactamente igual ao do portador do BI".



Quando confrontado com o absurdo de tal afirmação (por exemplo, o algarismo suplementar do meu BI é 9 e eu posso comprovar que sou a única pessoa no Mundo, não apenas em Portugal, com o nome de Jorge Buescu; e que pensar dos casos em que o algarismo é 0?), talvez o interlocutor diga algo do género "Mas eu fui informado por fonte seguríssima de que é assim". Ou talvez prefira mudar de assunto. Uma coisa é certa: não vai mudar de opinião, e na próxima vez em que se falar do assunto lá estará a repetir a mesma afirmação, que depois será eventualmente repetida por novos crentes acríticos e assim sucessivamente. Assistimos assim à geração e propagação oral de uma lenda urbana genuinamente portuguesa, com certeza.


Afinal de contas, o que representa o misterioso algarismo suplementar que se segue ao número do nosso BI? Em primeiro lugar, ele não representa o número de pessoas com o mesmo nome, ou o número de multas de estacionamento que o portador apanhou, ou qualquer outra pueril e disparatada hipótese deste tipo. O algarismo suplementar é (ou seria, se as autoridades portuguesas não tivessem cometido um patético erro matemático!) apenas um algarismo de controle que detecta se o número do BI está correctamente escrito ou não.


Esta história começa nos anos 50, com o nascimento simultâneo, por um lado, da Teoria de Códigos, baseada na Teoria da Informação de Shannon (1948), e por outro da cada vez maior necessidade de tratamento e transmissão em massa de dados de identificação numéricos. Suponha o leitor que é, por exemplo, caixa num supermercado na era pré-leitores ópticos, ou que trabalha numa agência de viagens onde tem de emitir centenas de bilhetes de avião por dia, ou que trabalha numa livraria onde tem de expedir por correio centenas de livros encomendados por dia. Em qualquer destes casos será obrigado a digitar, para cada item em questão (pacote de manteiga, bilhete de avião ou livro) um longo número, talvez com 10 algarismos, que identifica o produto em questão. E tem de o fazer depressa, para que os outros clientes na bicha não se impacientem.


Os seres humanos lidam claramente mal com problemas deste tipo. Escrever diariamente centenas de números com 10 algarismos, sem qualquer padrão aparente, leva inevitavelmente (uma interrupção, uma piada do colega do lado…) a que o operador mais tarde ou mais cedo se engane a escrever um dos números. E as consequências podem ser bastantes desagradáveis: cobrar 20 contos por um pacote de manteiga, emitir um bilhete de avião para a Sibéria em vez de para o Rio, expedir o livro errado. Os custos para corrigir estes erros a posteriori podem, evidentemente, ser muito elevados.


Coloca-se então o seguinte problema: quando se lida sistematicamente com grandes quantidades de números compridos, em que mais tarde ou mais cedo se verificarão erros, há que identificar quais são os erros mais frequentes e encontrar uma forma automática de detectar, assim que o número é escrito, se ele integra erros ou não.


A resposta à primeira pergunta é do domínio da Estatística; sabe-se hoje que mais de 90% dos erros ocorridos na transmissão de dados numéricos são de dois tipos: erros singulares (alteração de um único algarismo, o que levaria por exemplo 2357 a ser escrito como 2358) ou transposições (troca de pares de algarismos adjacentes, como na passagem de 2357 a 2375).


O segundo passo é conceber um algoritmo que detecte, com eficiência 100%, a presença ou ausência destes erros. Se o conseguirmos teremos um mecanismo de detecção de erros com eficiência superior a 90%.

E é aqui que entra a Teoria de Códigos. Existem muitos algoritmos de detecção de erros, com aplicação tecnológica num número infindável de indústrias, assente na ideia básica de aritmética modular, proveniente da Teoria de Números. A ideia é a seguinte: ao número básico em questão acrescenta-se um algarismo suplementar, o algarismo (ou dígito) de controle. Realizando uma operação adequada (e vamos já descrever o que se deve entender por isto) sobre o número original, devemos obter o algarismo de controle. Se isso não acontecer, é porque ocorreu algum erro na escrita do número original.


A ideia de implementar sistemas de identificação com dígitos detectores de erros encontra aplicações quase infindáveis na indústria. É utilizada hoje nos cartões de crédito, nos cheques, na Via Verde, na correspondência postal, nos códigos de barras (UPC-EAN), nos livros (ISBN), nas publicações periódicas (ISSN), etc. Estes sistemas funcionam com variações de pormenor; para dar do seu funcionamento vamos tomar um exemplo: o ISBN (International Standard Book Number), utilizado na identificação de livros.


O ISBN é um número, que em geral aparece nas costas do livro, constituído por 10 algarismos que identificam o livro. Por exemplo, o livro de Hill A first course in coding theory tem o ISBN 0-19-853803-0; o livro de Kato et al. Number Theory I tem o ISBN 0-8218-0863-X (os traços são meramente convencionais). A maneira como o código ISBN funciona é simples: se o número ISBN for


x1x2x3x4x5x6x7x8x9x10,


onde cada xi representa um algarismo, os 9 primeiros algarismos identificam o livro; o 10º algarismo, o dígito de controle, é escolhido por forma a que a soma


x1+2x2+3x3+ … +10x10


seja divisível por 11 (tecnicamente, seja congruente com 0 (mod 11)). O leitor pode convencer-se facilmente de que, se alterar qualquer um dos algarismos (erro singular) ou se trocar dois quaisquer deles (transposição), o resultado já não será divisível por 11. Ou seja, o dígito de controle do ISBN detecta, com eficiência 100%, estes erros!


Apenas duas questões técnicas. Primeiro, porquê exigir que a soma acima seja divisível por 11 e não, por exemplo, por 10? A resposta está na Teoria de Números: estes algoritmos modulares só funcionam se o módulo for um número primo. Ora o nosso sistema de numeração tem base 10; o primo mais próximo de 10 é precisamente 11, o primeiro para o qual o sistema pode funcionar. Esta é também a resposta à segunda questão: o que significa o dígito de controle X? Como o dígito de controle é o complemento para 11 da soma ponderada dos 9 primeiros algarismos, ele pode tomar o valor 10. Para cobrir esta possibilidade introduz-se o caracter X, que tem a valor 10.


Regressemos então ao mistério do BI. Sendo o algarismo suplementar um dígito de controle para detecção de erros, torna-se necessário saber qual o algoritmo utilizado pelo Ministério da Justiça para efectuar esta detecção.


E aqui entra o herói desta história, o Prof. Jorge Picado, da Universidade de Coimbra. A sua curiosidade por esta questão levou-o a pedir os números de BI de algumas dezenas de colegas seus. Introduziu-os num pequeno programa em Pascal que fazia a busca dos vários algortimos num sábado de manhã e foi para casa.


Ao chegar ao seu gabinete, na segunda-feira de manhã, qual não foi o seu espanto ao verificar que… não existia nenhum algoritmo que funcionasse!


Intrigado com este surpreendente resultado, o Prof. Picado teve então uma ideia luminosa. Constatando que o dígito de controle do seu BI era 0, retirou o seu número de BI da lista e pôs o programa a correr. Bingo: em 5 minutos, tinha a resposta. O algoritmo de detecção de erros do Ministério da Justiça é igual ao do ISBN, com ligeiras adaptações: o dígito de controle tem peso 1, o dígito mais à direita do número de BI tem peso 2, o seguinte peso 3, etc. Faça o leitor a experiência com o seu próprio número de BI. Se fizer esta soma o resultado terá de ser múltiplo de 11.


Nesta altura, cerca de 1/11 dos leitores, e cerca de 50% daqueles cujo dígito de controle é 0, estarão a pensar que estou a enganá-los. É que, afinal, fizeram as contas e obtiveram um número que não é divisível por 11. Pelo contrário: é um múltiplo de 11 mais 1! E, afinal, porque é que o Prof. Picado teve de retirar o seu número de BI da lista para descobrir o algoritmo de detecção?


A resposta a estas perguntas é apenas uma, e completamente patética. Como se disse acima, no ISBN (e no BI) o dígito de controle tem de estar entre 0 e 10, para que se possa assegurar resto 0 ao dividir por 11. É essa a razão de ser do caracter alfanumérico X, que vale 10, no dígito de controle do ISBN.


Ora, muito provavelmente alguma mente burocrática da Direcção-Geral dos Registos e Notariado deve ter achado muito desagradável que alguém visse um "X" escrito à frente do seu número de BI, enquanto que outras pessoas tinham apenas um algarismo. Talvez pudesse ser considerado politicamente incorrecto… e a pessoa pudesse pensar que isso teria um significado estranho… talvez cadastro? Ficha no SIS?


Para abreviar: alguém no Ministério da Justiça, na sua reconfortante ignorância matemática sobre códigos, teve a brilhante ideia de substituir o dígito de controle X, quando ocorresse, por 0. Ou seja, quando 0 ocorre como dígito de controle, pode ter na realidade dois valores: 0 ou 10! Ou seja, em metade dos casos em que ocorre o 0 (como no caso do Prof. Picado), esse dígito está errado. Ou seja, o próprio Arquivo de Identificação emite um BI cujo número, se controlado pelo seu algoritmo, estaria errado.


A ignorância pode custar muito caro. Neste caso, custou a inoperância do sistema de detecção de erros que se pretendia implementar! E repare-se que teria sido muito fácil não cometer esta barbaridade: bastava, por exemplo, adoptar como dígito de controle sempre uma letra, digamos as 11 primeiras letras do alfabeto, A a L…


E haveria outras soluções matematicamente correctas, mas mais profundas. O Prof. Picado mostra como, a partir da Teoria de Grupos elementar, usando o grupo diedral D5, se podem construir sistemas de detecção de erros (diferentes dos sistemas modulares, e mesmo melhores do que eles) que permitem usar apenas os algarismos 0 a 9, e com eficiência 100%. Em Novembro passado, o Prof. Picado escreveu para o Ministério da Justiça (responsável pela emissão dos BI) expondo a situação e a sua solução. Até hoje ainda não obteve resposta.


Há pouco tempo, o Prof. Picado foi renovar o seu BI. Na página de instruções do impresso, o ponto 2 afirma "se já tem BI, indique o respectivo nº, incluindo o dígito mais à direita (chamado dígito de controlo e que serve para verificar se a ordem dos algarismos está correcta)". Quando entregou os documentos, disse com toda a razão à funcionária que o atendeu, "Olhe que isto no meu caso não é verdade". A funcionária não disse nada, dirigiu-lhe um olhar estranho, e limitou-se a aceitar os papéis e a atender o mais rapidamente possível aquele utente tão especial…


Aquele abraço...

19 de setembro de 2010

Frase do Ano...!!!‏

O meu sonho, é ter uma mulher que seja como o meu filho: Acorde 4 vezes por noite para mamar.

18 de setembro de 2010

Coisas que eu odeio...

Odeio o pessoal que come de boca aberta. Ainda no outro dia estava na biblioteca municipal de Aveiro a tentar ler os jornais sossegado e poderia estar tudo tranquilo não fosse estar um sujeito a comer pastilha elástica de boca aberta a fazer um som medonho. Tentem concentrar-se com alguém ao lado "nhac, nhac, nhac"... Só me apeteceu ter um tubo de cola para lhe colar os maxilares e termos sossego. Pelo menos poderia fazer um esforço para não incomodar as pessoas mas nem isso. Resultado, o pessoal pegava nos jornais e ia ler para outro lado. Que foi o que fiz...

16 de setembro de 2010

Um último acto de desespero

Depois de toda a vergonha que está a ser o caso Queiroz (ou será caso Laurentino?) eis que hoje, em praticamente toda a comunicação social, a noticia é a mesma. A que aqui reproduzo, como vem no site da sic, isto porque contada ninguém acredita:

FPF quer Mourinho seleccionador-coordenador

Gilberto Madaíl vai reunir-se, hoje, em Madrid, com José Mourinho. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai desafiar o treinador do Real Madrid a tomar conta da selecção nacional. Este é o objectivo central de Madaíl, mas o formato desta colaboração está em aberto e Madaíl vai colocar várias opções em cima da mesa, todas passando pela acumulação entre o cargo na federação e a posição de treinador do Real Madrid.


Uma das hipóteses é que José Mourinho seja uma espécie de seleccionador-coordenador das selecções, a trabalhar directamente com um treinador que esteja todos os dias na federação e que acompanhe o trabalho regular.

A Mourinho caberia ter uma palavra nas convocatórias e, sobretudo, que dirijisse os jogos e as fases finais.

Esta opção, de existir um seleccionador-coordenador e um treinador de campo, não seria caso inédito nas selecções.

A ideia de desafiar José Mourinho surgiu, sobretudo, devido à disponibilidade reiterada por Mourinho de um dia vir a ser seleccionador nacional, complementada com o facto de o treinador do Real Madrid admitir que tal opção poderá ser mais cedo do que o previsto na sua carreira, caso haja alguma situação de emergência que justifique a sua colaboração.

Além disso, Madaíl parte para a reunião de hoje com outros dois trunfos: a boa relação entre as estruturas do futebol ibérico e, também, a boa relação entre a federação portuguesa e o Real Madrid. Este clube, com três titulares da selecção nacional, é hoje em dia uma espécie de espinha dorsal da equipa portuguesa.

Ao que a SIC apurou junto de fontes ligadas ao processo, a reunião vai acontecer hoje em Madrid, e o desafio vai ser lançado. A negociação com o Real Madrid só avançará caso Mourinho aceite a ideia de Madaíl.

Já agora, nem estou a ver o Mourinho a aceitar tal oferta desesperada nem o Real Madrid a deixar que um treinador carissimo como Mourinho trabalhe ao mesmo tempo com a federação. Como dizia um ex-chefe meu "não se pode cantar e assobiar ao mesmo tempo". E é isso que a federação quer que Mourinho faça... Há quem faça de tudo para manter o poder e se manter no poder...

A verdade das Energias Renovaveis na Economia Mundial

Somos bombardeados diariamente com informações que afirmam que a área das Energias Renováveis irá ser a salvação dos modelos económicos Europeus, nomeadamente de Portugal e Espanha perante a crise.


Os anúncios do número de empregos “verdes” que irão ser criados ao abrigo das politicas verdes são um grande factor de marketing para os governos.

Mas a verdade e que a grande maioria das pessoas desconhece é que as energias renováveis apenas enriquecem as empresas privadas que trabalham nessa área.

E quem paga a essas empresas? Os contribuintes com os seus impostos.

O preço da energia eléctrica desce? Não, aliás deveria era aumentar pois os custos de exploração de energia eólica e solar são brutais e sem os subsídios actuais, raras seriam as empresas a entrar no negócio.


Aqui ficam alguns factos do governo Espanhol, que estão agora se tornam conhecidos sobre a verdade das Energias Renováveis.

Um documento interno da Administração espanhola reconhece que o preço da electricidade disparou, assim como a dívida, pelo elevado custo da energia solar e eólica.



Inclusive, as cifras do Governo Espanhol indicam que cada emprego verde criado custou mais de 2,2 empregos tradicionais.


O documento reconhece explicitamente que “o incremento da factura de energia eléctrica se deve principalmente ao custo das energias renováveis”. De facto, o incremento do custo adicional desta indústria explica os mais de 120% da variação na factura, e impediu que a redução nos custos de produção da electricidade convencional fosse repassada ao cidadão.


“Entre 2004 e 2010, a quantidade de subsídios multiplicou-se por cinco”, reconhece o texto do Ministério espanhol. Só em 2009, duplicaram-se as do ano anterior até os 5,045 biliões de euros, o equivalente a todo o investimento público em pesquisa e desenvolvimento na Espanha.


As cifras a longo prazo assustam ainda mais. Segundo o próprio Governo, nos próximos 25 anos, o sector das energias alternativas receberá 126 biliões de euros.

Só um exemplo. Os proprietários de plantas solares fotovoltaicas ganham 12 vezes mais do que se paga pela polémica energia proveniente de combustíveis fósseis. A maior parte são subsídios carregados ao consumidor.


A conclusão é que, com a economia à beira da quebra, não se pode seguir injectando dinheiro num sector tão custoso. E parece que o Governo já se deu conta disso.

15 de setembro de 2010

A Igreja no seu pior...

Na Universidade de Verão do PSD




O padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, saiu-se com esta “anedota” há dias em Castelo de Vide:



“Costumo dizer que a igreja precisa muito das mulheres, senão quem é que fazia as limpezas?!”



(contado no Facebook pela Celia de Sousa, jornalista na Antena 1)

Está tudo dito...

14 de setembro de 2010

SCUT´s

Ora aqui está o diálogo inteligente do Estado....


Utilizador pagador

 
Contribuinte - Gostava de comprar um carro.


Estado - Muito bem. Faça o favor de escolher.

Contribuinte - Já escolhi tenho que pagar alguma coisa?

Estado - Sim. De acordo com o valor do carro (IVA)

Estado - e uma "coisinha" para o por a circular (selo)

Contribuinte - Ah!

Estado - e mais uma coisinha na gasolina necessária para que o

carro efectivamente circule (ISP)

Contribuinte - mas sem gasolina eu não circulo.

Estado - Eu sei.

Contribuinte - mas eu já pago para circular.

Estado - claro.

Contribuinte - então vai cobrar-me pelo valor da gasolina?

Estado - também. mas isso é o IVA. o ISP é outra coisa diferente.

Contribuinte - diferente?

Estado - muito. o ISP é porque a gasolina existe.

Contribuinte - porque existe?

Estado - há muitos milhões de anos os dinossauros e o carvão

fizeram petroleo. e você paga.

Contribuinte - só isso?

Estado - Só. Mas não julgue que pode deixar o carro assim como quer.

Contribuinte - como assim?

Estado - Tem que pagar para o estacionar.

Contribuinte - para o estacionar?

Estado - Exacto.

Contribuinte - Portanto pago para andar e pago para estar parado?

Estado - Não. Se quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar

seguro.

Contribuinte - Então pago para circular, pago para conseguir

circular e pago por estar parado.

Estado - Sim. Nós não estamos aqui para enganar ninguém. O carro é

novo?

Contribuinte - Novo?

Estado - é que se não for novo tem que pagar para vermos se ele

está em condições de andar por aí.

Contribuinte - Pago para você ver se pode cobrar?

Estado - Claro. Acha que isso é de borla? Só há mais uma coisinha...

Contribuinte - Mais uma coisinha?

Estado - Para circular em auto-estradas

Contribuinte - mas eu já pago imposto de circulação.

Estado - mas esta é uma circulação diferente.

Contribuinte - Diferente?

Estado - Sim. Muito diferente. É só para quem quiser.

Contribuinte - Só mais isso?

Estado - Sim. Só mais isso.

Contribuinte - E acabou?

Estado - Sim. Depois de pagar os 25 euros acabou.

Contribuinte - Quais 25 euros?

Estado - Os 25 euros que custa pagar para andar nas auto-estradas.

Contribuinte - Mas não disse que as auto-estradas eram só para quem

quisesse?

Estado - Sim. Mas todos pagam os 25 euros.

Contribuinte - Quais 25 euros?

Estado - Os 25 euros é quanto custa.

Contribuinte - custa o quê?

Estado - Pagar.

Contribuinte - custa pagar?

Estado - sim. Pagar custa 25 euros.

Contribuinte - Pagar custa 25 euros?

Estado - Sim. Paga 25 euros para pagar.

Contribuinte - Mas eu não vou circular nas auto-estradas.

Estado - Imagine que um dia quer...tem que pagar

Contribuinte - tenho que pagar para pagar porque um dia posso querer?

Estado - Exactamente. Você paga para pagar o que um dia pode querer.

Contribuinte - E se eu não quiser?

Estado - Paga multa.
 
 
Por Rodrigo Moita de Deus

13 de setembro de 2010

Acerca dos fogos florestais

Todos os anos é a mesma coisa. Após se declarar o inicio da época oficial de incêndios é ver as primeiras páginas dos jornais e a abertura dos serviços informativos na televisão com os incêndios. E depois é todos os anos a ver a população aflita com os seus haveres, os bombeiros com falta de meios, os canadairs a passar e o governo a dizer que se vai apostar no combate aos incêndios em vez de se apostar no ordenamento da floresta e na prevenção dos incêndios. Mas como diz uma pessoa minha conhecida:

"Só quem se chateia com os fogos somos nós (povo), quem manda no país há décadas está-se a c**** para os fogos. Os incêndios são um negócio muito lucrativo para certos filhos da p***, desde o comércio de madeira a investidores imobiliários, passando pelos fornecedores de serviços de "apaga-fogos" e outros. Mas em que mente sã caberá o facto de todos os anos se dizer que as florestas têm que ser limpas e reorganizadas e ninguém mexer o c*? Em que mente sã caberá o facto de o Estado investir milhões ao longo dos anos em material logístico e andarmos a alugar aviões e tretas para andarmos a apagar fogos? Em que mente sã caberá o facto de que "no tempo da outra senhora" raramente havia um incêndio numa mata, e desde que os 'maçons iluminados' tomaram conta desta m**** todos os anos é garantido arderem n hectares de floresta?"

Acho que está tudo dito!!