5 de maio de 2006

Curiosidades do mundo



Hoje, a curiosidade vai recair sobre uns factos da natureza mais perigosos, por isso, se calhar, dos mais belos. Falo dos raios. vamos então à curiosidade de hoje:

LUZ PODEROSA
Um raio pode produzir 3800 milhões de quilowatts de energia eléctrica.
Geralmente, eu aqui faço um pequeno comentário e retiro-me de cena. Mas hoje espero que não me levem a mal. Preparei um pequeno resumo sobre outros factos interessantes e sobre como se forma um raio. Espero que gostem e perdoem-me desde já pela minha audácia. Muito obrigado.
OS RAIOS
Os raios serão, talvez, dos fenómenos que sempre mais medo e curiosidade despertaram no Homem. Que fenómeno estranho seria aquele que acontecia nos céus? Antigamente, pensava-se que seriam os deuses zangados com o Homem. Quem não se lembra de quando era pequeno e perguntava à mãe que era aquilo e ela respondia sempre que era Jesus ou Deus a ralhar connosco? Pois a verdadeira história do raio não é tão bonita mas é mais interessante.
Tudo começou em 1752 quando um senhor chamado benjamin Franklin realizou uma experiência que lhe ia custando a vida. Usou um fio de metal num papagaio que empinou numa tempestade, preso a uma chave, que por sua vez era manobrada através de um fio de seda. A sorte de Benjamin Franklin foi que apenas algumas cargas eléctricas leves desceram pelo fio, pois se um raio tivesse sido mesmo atraído, teria morrido electrocutado. Assim se fez o primeiro pára-raios do mundo e aqui se começou a investigação a sério à seguinte pergunta: o que é um raio?
Um raio é um fenómeno atmosférico que acontece apenas nas nuvens do tipo comulonimbo, pois estas têm maior extensão vertical que as outras nuvens ( a sua base está situada a 2 km do solo, enquanto o topo fica 18 km acima). Tudo começa quando uma massa de ar quente e húmido, por ser mais leve que o ar frio da atmosfera, sobe e vai arrefecendo até chegar ao topo da nuvem, que regista cerca de -30º. Então, o vapor de água que estava misturado com o ar quente transforma-se em granizo e despega-se, começando a fazer atrito com outras partículas como cristais de gelo, fazendo com que fiquem ambos eléctricamente carregados. O granizo-que acumulou carga negativa- vai para a base da núvem, enquanto os cristais de gelo, com carga positiva, vão para o topo da núvem. Quando a diferença das cargas fica muito intensa, dá-se um raio. Mas como é que um raio vem parar à terra?
Lembram-se que o granizo acumulou carga negativa e foi para a base da núvem? Pois no solo, devido a esse acumular de cargas negativas na base da núvem, acumula-se, por sua vez, carga positiva. Quando essas cargas atingem valores intensos, dá-se o raio entre núvem e solo (que representa apenas 20% das descargas. Os outros tipos de raio são os que ocorrem dentro da núvem, entre duas núvens e entre uma núvem e a atmosfera). Os raios núvens-solo apresentam sempre o formato recortado pois eles procuram sempre a menor resistência possível no seu caminho pela atmosfera cheia de cargas eléctricas.
CURIOSIDADES- A cada segundo que passa, caem 100 raios no planeta Terra. Em cada descarga, um raio pode atingir 125 milhões de volts, 200000 amperes a sua temperatura pode atingir os 27000º centígrados, uma temperatura cerca de 5 vezes superior à verificada na superficie do sol (aliás, é por esta razão que se forma o trovão. Quando se dá o raio, a alta temperatura vai aquecer o ar em volta, que está a -30ºc, provocando uma brusca expansão do ar e provocando o barulho a que chamamos de trovão). Os locais mais seguros para se estar numa tempestade são o carro e o avião. É verdade. Não por causa dos pneus, como se pensa, mas sim devido ao chassis, que conduz o raio à terra através dos pneus, e não por causa deles. Quando se está no meio duma tempestade, há um meio fácil de saber se ela está longe ou perto. Quando cai um raio, forma-se um clarão (relampago) e um barulho (trovão). Sabendo que a velocidade da luz é de 300000 km/s e a velocidade do som cerca de 340 m/s, quando se dá o relampago, basta contar o tempo que passa entre o relampago e o trovao e multiplicar pela velocidade do som, pois a velocidade da luz é praticamente instantanea. EX: Vejo um relampago mas só passados 5s ouço o trovão. Multiplicando 5 por 340 dá 1700, ou seja, nesse momento a tempestade está a mais de km e meio de mim (está, mais especificamente, a 1,7 km), por isso os raios não representam perigo
A maior tempestade de raios conhecida foi a de março de 1993 sobre a Flórida, nos Estados Unidos: cerca de cinco mil raios por hora durante um dia inteiro. E uma das pessoas mais atingidas por raios (sete vezes) foi certamente o guarda-florestal Roy Sullivan, do estado norte-americano de Virginia: em 1942, perdeu uma unha do pé; em 1969, 1970, 1972 e 1973, teve queimaduras leves; em 1976, ficou com o tornozelo ferido; em 1977, foi a vez do peito e da barriga ficarem queimados. Não morreu com as descargas eléctricas, mas se suicidou em 1983.
Espero que tenham gostado deste resumo alargado. Desculpem se não está bem escrito, mas eu não tenho alma de escritor. Sem querer faze-los perder mais do vosso precioso tempo, uma grande saudação para todos.

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