25 de março de 2006

A cultura(ou falta dela)

Estou a escrever este texto devido ao que se passou recentemente com o jogador do Standard de Liége, Sérgio Conceição. Este jogador, depois de ter levado um cartão vermelho por ter cuspido num adversário, pegou na camisola e, num acto irreflectido?, esfregou a mesma na cara do árbitro. O jogador Sérgio Conceição arrisca-se a levar uma suspensão que pode ir até 5 anos. Quando vi esta notícia, sinceramente, não fiquei chocado como muita gente. Mas este caso tem que servir de mote para uma profunda reflexão sobre o futebol português. E porquê? Já são demasiados os casos de indisciplina que envolvem jogadores portugueses. Ainda não há muito tempo foi o jogador Costinhqa do Dínamo de Moscovoque teve um caso de indisciplina e, em resultado disso, apanhou processo disciplinar e foi convidado a sair do clube. E poderia referir o que se passou no europeu que se realizou na Bélgica e na Holanda, no célebre penalty que foi marcado contra Portugal e que levou à suspensão de 3 jogadores; ou o que se passou na Coreia do Sul em que um jogador português agrediu um árbitro. Isto são alguns exemplos daquilo que se passa e ninguém parece importar-se muito com isso:meus senhores, o rei vai nú e anda a passear-se despudoradamente pelo meio da multidão. Temos de dizer basta. Temos de apurar responsabilidades. É por demais evidente que os portugueses não sabem perder(e como ficou provado no torneio de Toulon, parece que também não sabem ganhar) e a responsabilidade começa na formação. Tanto de pessoas como de atletas. É à toa que não temos um árbitro sequer no próximo mundial? Não.

Temos de começar a mudar mentalidades ou arriscamo-nos a daqui por uns anos Portugal ser afastado de grandes competições(espero que não) e sugiro começar pela formação. Já fui ver jogos de escalões mais jovens e vi equipas que praticamente não jogavam futebol, faziam muitas faltas e jogavam no limite. E porquê? Porque aqui em Prtugal só nos preocupamos comk os resultados. As equipas jogam para ganhar e nada mais. E este é o pior erro que se pode cometer ao nível da formação. Veja-se o caso da Holanda. Teve a "laranja mecanica" há uns anos atrás e desde ai´tem vindo, aos poucos, a construir outra boa selecção. Tudo porque sabe ser pacientee aposta na formação e não em resultados. Também temos exemplo disso das selecções campeãs em Riad e em Lisboa. Fora 4 ou 5 jogadores fora de série, quantos se tornaram bons profissionais de futebol? O professor Carlos Queirós foi o que teve melhor projecto até agora ao nível de formação. Que lhe aconteceu? Foi embora. Porquê? Não obteve resultados!?.

Esta crónica não pretende criticar ou dizer que tudo vai mal. Pretende, isso sim, alertar para a necessidade de se começarem a mudar mentalidades em Portugal. E temos de começar agora, para evitar que casos como os que têm ocorrido ultimamente não aconteçam mais. ò nóspodemos mudar esta situação. Ou arriscamo-nos a nos próximos anos, ficarmos afastados de grandes competições. Saudaçõesultras para todos e mudemos mentalidades por esse país fora.

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