23 de dezembro de 2006

Prémios IgNóbil

O esforço dos cientistas que se debruçaram sobre complexas questões como porque os pica-paus não têm dor de cabeça enquanto bicam os troncos das árvores à procura de besouros, ou qual o papel da massagem rectal na cura do soluço, foi reconhecido na passada quinta-feira com os prémios IgNóbil, uma sátira aos Nobel, entregues em Cambridge, Massaschussets, apresentados por vencedores do prestigiado prémio concedido pela Academia Real Sueca. Os prémios são entregues para "honrar as experiências que primeiro fizeram as pessoas rir, e que depois as fizeram pensar", segundo os organizadores.

Prémios:
Ornitologia - Ivan Schwab, da Universidade da Califórnia Davis, e Philip May, da Universidade da Califórnia Los Angeles, pelo seu trabalho pioneiro sobre a capacidade dos pica-paus em evitar dores de cabeça.
Nutrição - Wasmia al-Huty, da Universidade do Kuwait, e Faten al-Mussalam, da Autoridade Pública do Kuwait para o Meio Ambiente, por mostrarem que besouros que comem estrume são na verdade exigentes na escolha da sua refeição.
Paz - Howard Stapleton da Merthyr Tydfil, de Gales, por ter inventado um repelente eletromecânico de adolescentes. O aparelho emite um barulho irritante projetado para ser ouvido apenas por adolescentes, e não por adultos. Anteriormente ele usou a mesma tecnologia para fazer ligações telefónicas ouvidas unicamente por adolescentes e não pelos seus professores.
Acústico - Três cientistas americanos, Lynn Halpern, Randolph Blake e James Hillenbrand, por conduzirem experiências para saber porque as pessoas não suportam o som de unhas a arranhar o quadro negro.
Medicina - Francis Fesmire, da Universidade do Tennessee, pelo seu trabalho "Tratamento de soluços com massagem digital rectal".
Física - Basile Audoly e Sebastien Neukirch, da Universidade de Paris, por terem enfim desvendado porque o esparguete seco tende a partir-se em mais de dois pedaços.
Biologia - Também premiado pela pesquisa com queijos, Bart Knols da Universidade Agrícola de Wageningen, na Holanda, pela sua contribuição para a pesquisa que mostra que os mosquitos fêmea da malária são atraídos pelo odor do queijo limburguer e do chulé.
Outros - Os últimos vencedores do prémio foram Don Featherstone, criador do flamingo rosa de plástico, Kees Moeliker, que registou o primeiro caso cientificamente comprovado de necrofilia homossexual em patos, e Stefano Ghirlanda, co-autor do estudo "Galinhas Preferem Humanos Bonitos".

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