31 de outubro de 2006

Um aveirense em Lisboa

A senhora do capacete
As montras mostravam abóboras, chapéus pontiagudos e vassouras de bruxas, embora fosse apenas dia 10 de Outubro. Eram cerca de 20:30 horas e chovia bastante. Eu procurava abrigar-me nos toldos de uma loja do chinês, procurando recompor o casaco e o guarda-chuva. Respirei fundo antes de me lançar de novo a caminho de casa, depois de uma aula de inglês no Areeiro. As pessoas apressavam-se a apanhar o metro e os taxistas olhavam de soslaio para quem corria. Caminhei lado a lado com uma senhora que tinha um capacete à mineiro até à paragem de autocarro. A luz que saía do capacete da senhora deu bastante jeito para iluminar o caminho. Do outro lado da rua reparei num mendigo a dormir num átrio de um prédio. Entretanto a senhora do capacete mudou de rumo enquanto eu prossegui o meu caminho. Por instantes pensei que aquele momento era fruto da minha imaginação, mas afinal era bem real. Caminhar lado a lado com uma mulher que tinha um capacete à mineiro só mesmo em Lisboa. Por mais que me esforce, não me lembro de ter visto uma coisa tão estranha assim em Aveiro ou noutro sitio qualquer. Lisboa proporciona momentos no mínimo, estranhos e cómicos. São coisas deste género que me fazem gostar de descobrir novos sítios.
Saudações Alfacinhas.

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